Foi Bom Saber

FOI BOM SABER

Que nem uma Religião criada por homens é a verdadeira

Que a religião verdadeira está em Tiago 1:27

Que igreja que cresce em número não é a maior igreja

Que a igreja que Cristo quer edificar é você

Que nem tudo que reluz é ouro. ( As igrejas hoje)

Que os malaquianos são Maioria.

Que ainda há quem pregue a verdade

Que a unica e verdadeira doutrina é a dos Apóstolos

Que Jesus veio para nos salvar

Que Deus é Pai, Soberano e bondoso

Que o Espírito Santo de Deus está entre nós conforme Tiago 14:16.







terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O Pai trabalha até agora

Jesus nos diz: “O meu pai agora está trabalhando, e eu também estou trabalhando” (Jo 5,17)
Amados irmãos, Deus não está dormindo. Ele trabalha sempre e está em constante atividade. Ele vê e acompanha os nossos sofrimentos; nos ama e trabalha por nossa causa. Creia: sua necessidade está sob os olhos do Senhor. Nosso Pai e Jesus não cessam de trabalhar por nós.
Exponha-se diante d’Ele. Seja sua causa pessoal ou familiar, seja sua doença física ou espiritual, apresente-se agora para o Senhor. Nada pode impedir a ação de Deus em sua vida. Nada pode roubar sua alegria de ter alguém constantemente trabalhando por sua causa: Deus Pai e Nosso Senhor Jesus Cristo. Eles não terão descanso enquanto não nos derem o Reino dos Céus. Deus é por nós. Somos d’Ele e, por isso, sabemos que:
“Tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu desígnio” (Rm 8,28)
Como num dia inteiro de trabalho, o Senhor age em nosso meio salvando nossas vidas, curando nossos corações, sarando nossos doentes, libertando nossos oprimidos e arrancando da opressão do maligno aqueles que se encontram nas trevas. Se abrirmos o coração e O deixarmos trabalhar em nosso interior veremos já aqui, nesta vida, os prodígios do Senhor.
Que o Todo-poderoso nos liberte de toda incredulidade e ação do mal que quer abalar nossa fé!
Jesus, eu confio em Vós!

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

MENSAGEM MUITO LINDA

TORRADAS QUEIMADAS



Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar.

E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho, muito duro.

Naquela noite, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai. Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato.

Tudo o que meu pai fez, foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia, na escola. Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geléia e engolindo cada bocado.

Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada. E eu nunca esquecerei o que ele disse: " - Adorei a torrada queimada..."

Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada.

Ele me envolveu em seus braços e me disse: " - Companheiro, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada... Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. E eu também não sou o melhor marido, empregado, ou cozinheiro, talvez nem o melhor pai, mesmo que tente todos os dias!"

O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros. Desde que eu e sua mãe nos unimos, aprendemos, os dois, a suprir um as falhas do outro. Eu sei cozinhar muito pouco, mas aprendi a deixar uma panela de alumínio brilhando. Ela não sabe usar a furadeira, mas após minhas reformas, ela faz tudo ficar cheiroso, de tão limpo. Eu não sei fazer uma lasanha como ela, mas ela não sabe assar uma carne como eu. Eu nunca soube fazer você dormir, mas comigo você tomava banho rápido, sem reclamar.

A soma de nós dois monta o mundo que você recebeu e que te apoia, eu e ela nos completamos. Nossa família deve aproveitar este nosso universo enquanto temos os dois presentes.
Não que mais tarde, o dia que um partir, este Mundo vá desmoronar, não vai. Novamente teremos que aprender e nos adaptar para fazer o melhor.
De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos, colegas e com amigos. Então filho, se esforce para ser sempre tolerante, principalmente com quem dedica o precioso tempo da vida, à você e ao próximo.

"As pessoas sempre se esquecerão do que você lhes fez, ou do que lhes disse. Mas nunca esquecerão o modo pelo qual você as fez se sentir."


"Há pessoas que transformam o sol em uma pequena mancha amarela, porém há também as que fazem de uma simples mancha amarela o próprio sol."








quarta-feira, 27 de julho de 2011

"Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca" Apocalipse 3:16

Havia um grande muro separando dois grandes grupos.

De um lado do muro estavam Deus, os anjos e os servos leais de Deus.

Do outro lado do muro estavam Satanás, seus demônios e todos os humanos que não servem a Deus.
E em cima do muro havia um jovem indeciso, que havia sido criado num lar cristão, mas que agora estava em dúvida se continuaria servindo a Deus ou se deveria aproveitar um pouco os prazeres do mundo.

O jovem indeciso observou que o grupo do lado de Deus chamava e gritava sem parar para ele:

- Ei, desce do muro agora... Vem pra cá!

Já o grupo de Satanás não gritava e nem dizia nada.

Essa situação continuou por um tempo, até que o jovem indeciso resolveu perguntar a Satanás:

- O grupo do lado de Deus fica o tempo todo me chamando para descer e ficar do lado deles. Por que você e seu grupo não me chamam e nem dizem nada para me convencer a descer para o lado de vocês?

Grande foi a surpresa do jovem quando Satanás respondeu:

- É porque o muro é MEU.

Nunca se esqueça: Não existe meio termo. O muro já tem dono. Pense nisso.

Desconheço o Autor

Colaboração de Um Amigo de Deus Setsuo Hiromoto

terça-feira, 31 de maio de 2011

A Pesquisa “O Crente e o Sexo”


Este tema do adultério apareceu de forma muito contundente na pesquisa que o recém criado BEPEC – Bureau de Pesquisa e Estatística Cristã – www.bepec.comm.br produziu durante o mês de abril. A pesquisa foi realizada com o público “evangélico” via e-mail marketing e pode ser consultada no site acima a partir da próxima semana.

Enviamos mais de 71 mil e-mails e obtivemos, a partir de um questionário de coleta de dados pré-formatado, aproximadamente 6 mil respostas válidas para o grupo “casados”. O resultado, decididamente, não me surpreendeu em nada. Abaixo farei algumas considerações. A pesquisa, até este momento, levou a mim e ao Danilo – Editor Chefe do Genizah – a sermos entrevistados pela revista “Cristianismo Hoje” e também a irmos ao programa “Papo de Graça” com o Rev. Caio Fábio.

Para mim, o grande resultado da pesquisa é mostrar à enorme farsa que existe no meio “evangélico” brasileiro em relação à sexualidade. Todos os tabus caíram como as muralhas de Jerusalém quando o General Tito, no ano 70 da era Cristã, invadiu a cidade e a destruiu. E ”mano”, sobra “tijolada” para todos os lados, quase ninguém escapa.

Focando no tema do artigo, trago-lhe alguns dados. A pesquisa retratou que a média dos entrevistados quanto a alguns aspectos importantes para traçar o perfil da sexualidade entre os “evangélicos” foram os seguintes: 56% eram homens e 44% mulheres. Aproximadamente, eles possuíam 8 anos de casados, 7 anos de convertidos e faixa etária entre os 35 anos de idade.

O percentual de pessoas que já traíram seus cônjuges foi de 12% para as mulheres e 24,5% para os homens. Comparados estes números com dados de pesquisa do Ministério da Saúde - 2008, ficou posto que os homens “evangélicos” traem mais do que a média da população brasileira, mesmo considerando-se a margem de erro. No caso das mulheres, o índice foi praticamente o mesmo. Em síntese, já não podemos afirmar, como disse o profeta Malaquias, “então vocês verão novamente a diferença entre o justo e o ímpio, entre os que servem a Deus e os que não o servem”. Ml. 3:18.

Na verdade, a pesquisa nos chama a consciência, a revermos não só nosso discurso, altamente esvaziado por nossas práticas, mas, sobretudo, nossa postura hipócrita e dissimulada ante a sociedade, nossa falta de misericórdia diante dos transtornos dos que “caíram”, nosso juízo temerário em face a situações que nós, sequer, conhecemos os “contornos”. Façamos o que nos disse Jeremias, sentemo-nos a sós e fiquemos em silêncio... Isso já seria um bom começo.

Os dados revelados acima mostram apenas as questões relativas à traição. Se formos ver os pontos ligados à pornografia, relação homossexual, uso de “acessórios” e outras práticas sexuais veremos que os cristãos vivem da mesmíssima forma que aqueles que não professam qualquer fé confessional.


Em absoluto a pesquisa me surpreendeu. Ser “evangélico” em nossos dias não significa, de forma alguma, ter valores e conteúdos do Evangelho. Ser “evangélico” revela apenas a adesão de um indivíduo a uma determinada denominação cristã. Tratar os “evangélicos” como uma categoria diferenciada da população é alimentar um mito, é imaginar que esta “fatia” da sociedade possui hábitos e costumes diferentes das outras pessoas. Engano e engodo! Se isto algum dia foi verdade, hoje, já não é mais.

E mais.... Se essa pesquisa fosse sobre outro tema qualquer, como ética, por exemplo, os resultados seriam os mesmos, ou seja, revelariam discrepâncias semelhantes. Os dados colhidos só corroboram com minha experiência pastoral no aconselhamento de casais há, pelo menos, 15 anos.

A Solução não está na Desumanização do Humano

A bem da verdade, sexo para os cristãos sempre foi um problema, e isso desde o início da igreja. Paulo já carregava, notadamente, certa dose de “impregnação” quanto ao tema em suas epístolas, muito provavelmente como forma de antagonizar a doutrina cristã frente à devassidão da sociedade romana, na qual ele vivia. Esta, por sua, vez, já carregava em suas “entranhas” as influências do helenismo grego, onde o sexo assumia diversos matizes contrários aos costumes hebreus.

Daí para frente à questão só piorou... No século IV, com Santo Agostinho, o sexo tornou-se algo terrível, uma nódoa na consciência dos cristãos. Agostinho, que vinha de uma vida dissoluta, introduz um sentimento de culpa que esmaga toda e qualquer ação que gere prazer sexual. Nele o sexo torna-se feio, sujo, impuro, perverso e vicioso. Em sua famosa obra “Confissões”, chega a afirmar: "... a felicidade não é um corpo e por isso não se vê com os olhos". É sobre este pensamento que a cultura cristã ocidental vai se desenvolver, ou seja, sobre a premissa de que sexo e pecado são coisas que andam juntas.



Com o surgimento da psicanálise de Sigmund Freud, no século XIX, estas questões foram analisadas por um outro ângulo e, assim, essa idéia de sexo como coisa maligna foi praticamente abolida. Contudo, e isso é fato, a igreja sempre foi impermeável a ciência e, convenhamos, Freud nunca esteve entre os pensadores que a influenciaram. Há algo que me chama a atenção na pesquisa? Não. Talvez apenas o fato de pessoas que praticam uma religião terem a coragem de responder, ainda que anonimamente, a perguntas de caráter extremamente explícito.

Segundo a psicóloga Gelly Marques Pereira, “ainda hoje, em pleno século XXI, percebe-se que, para muitas pessoas, o que justifica o casamento é um amor apaixonado, idealizado, absoluto. E o que justifica um bom número de divórcios e recasamentos é a decepção com as histórias vividas, associadas ao redespertar da esperança, à procura inebriante de novas ilusões. A proliferação de relações paralelas, ocultas e proibidas nasce desse desejo insaciável, representando exatamente a mesma busca, a partir da convicção nem sempre consciente de que o fantástico não subsiste ao dia-a-dia, não passa por nenhum teste de realidade”.

Com tristeza tenho visto, nos últimos anos, muitos lares cristãos se esfacelarem. Alguns foram destruídos em conseqüência de casos de adultério, inclusive de pessoas envolvidas com o ministério, no caso, pastores e pastoras. Confesso que é desestimulante para alguém que trabalha para ajudar a consolidar famílias ter de lidar com a sua falência. Mas, por outro lado, não há como colocar mordaças nos olhos e na consciência diante do que está acontecendo.

O fenômeno da traição no mundo contemporâneo é muito bem resumido por Pittman: “paixão e romance têm pouco a ver com amor, que significa trazer prazer, conforto, paz e segurança um para o outro, ao invés de dor, excitação e ansiedade. No entanto, em nossa sociedade, essas paixões intensas, desorientadoras, serviram, nas últimas décadas, como a base para muitos casamentos”.

Conclusão

Como já tenho dito e escrito, em síntese, a pesquisa desvela um universo que, talvez, ainda seja desconhecido do público em geral. Contudo, para mim que sou pastor, ela apenas comprova o que já escuto todos os dias no meu gabinete, durante as seções de aconselhamento.

O que existe na verdade, e aí entramos no terreno da “mitologia evangélica”, é que a sociedade imagina que a religião é um “cabresto” para determinados impulsos da natureza humana, como a sexualidade, por exemplo. Essa ilusão continua sendo “vendida” nos púlpitos de muitas igrejas, como se a doutrina, por si só, fosse capaz de tornar-se instrumento de sacralização dos impulsos da “carne”, um meio de transformar o indivíduo comum num asceta medieval, de remetê-lo a ataraxia grega, a sublimação do sentir do ser.

É fato que há um afrouxamento do ensino e da pregação da santificação na igreja cristã contemporânea e, sem dúvida, isto ajuda a construir um cenário de liberalismo e permissividade. Mas não há como negar que essas questões existem desde sempre, pois podemos encontrá-las presentes no livro de Gênesis, na cidade de Sodoma, nas orgias da Grécia, nos bacanais de Roma, na boemia francesa da idade média e nos bailes funks do Rio de Janeiro.

Esta não é uma questão ligada a uma época ou a uma cultura, é algo atemporal, intrínseco ao ser humano, faz parte de nossa natureza “caída”, devia ser visto como coisa real, pois, tratar o tema de outra forma só faz proliferar o que temos aí, o sexo como algo insalubre, como perversão escondida, como neurose religiosa, e tudo o que é proibido explode da alma para a vida nas formas mais hediondas possíveis. Sente numa sala de aconselhamento e você comprovará o que estou dizendo.

Ora, eu não sou legalista, ou contra separações, mesmo sendo pastor de igreja. Crucifique-me quem quiser! E não me venha com sua “exegese de gaveta”, viciada, baseada no uso do texto que exalta a letra das Escrituras, mas exclui o Espírito do Evangelho. Sei, todavia, que meu trabalho, como sacerdote, é ajudar pessoas a construir vínculos afetivos fortes e duradouros.

Contudo, não há como negar que, às vezes, vida de marido e mulher torna-se uma fábrica de neuroses e amarguras. Nesses casos, quando verifico que o ficar junto se constitui algo totalmente insalubre ao ser, pois está diluindo a substância interior das pessoas, além do desastre que é para os filhos ter de conviver com essa “ferida purulenta”, não raro apenas para manter as aparências, sejam religiosas, sejam sociais, aceito o fato de que, o que Deus NÃO uniu, o homem pode separar.

O que tenho visto em certos tipos de vínculos conjugais é que eles, de tão adoecidos que estão, acabam se constituindo em algo profundamente nocivo a psique do casal. Dentro deste contexto, surgiu em nossa sociedade um tipo de patologia relacional que vem crescendo assustadoramente nos últimos 10 anos. Trata-se da famosa “solidão a dois”.

A “síndrome” baseia-se na premissa de que os casais modernos estão mais preocupados em competir do que em construir, vivem juntos, mas existem desconectados. Moram na mesma casa, dormem no mesmo quarto, mas não conseguem experimentar um mínimo de conjugalidade. Possuem dois carros, duas camas, dois computadores e duas contas correntes. Têm amigos separados, lazer separados, filhos separados, bens separados, ou seja, tantas coisas fora do comum, e tão poucas em comum que, por fim, acabam olhando-se nos olhos e se perguntando: “por que foi mesmo que nós nos casamos?”.


O que fazer então? Bem, alguém já me disse que “galha” não existe, isto é algo que colocam na cabeça das pessoas. Eu, por via das dúvidas, continuarei a fazer o que tenho feito nos últimos 20 anos de convívio afetivo-conjugal com minha esposa: sexo de boa qualidade, livre, prazeroso, consensual e romântico. E não me esquecerei que casamento é obra de tapeceiro, tem de ser construído todos os dias, com singularidade, respeito e compromisso. Quanto ao mais, lembro apenas aos “incautos” que “trair e coçar: é só começar”.




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terça-feira, 17 de maio de 2011

Adoração Verdadeira!

“E Esdras abriu o livro perante os olhos de todo o povo; porque estava acima de todo o povo; e, abrindo-o ele, todo o povo se pôs em pé. E Esdras louvou o SENHOR, o grande Deus; e todo o povo respondeu: Amém! Amém!, levantando as mãos; e inclinaram-se e adoraram o SENHOR, com o rosto em terra.” Ne 8.5,6

A adoração consiste nos atos e atitudes que reverenciam e honram à majestade do grande Deus do céu e da terra. Sendo assim, a adoração concentra-se em Deus, e não no ser humano. No culto cristão, nós nos acercamos de Deus em gratidão por aquilo que Ele tem feito por nós em Cristo e através do Espírito Santo. A adoração requer o exercício da fé e o reconhecimento de que Ele é nosso Deus e Senhor.

BREVE HISTÓRIA DA ADORAÇÃO AO VERDADEIRO DEUS.

O ser humano adora a Deus desde o ínicio da história. Adão e Eva tinham comunhão regular com Deus no jardim do Éden (cf. Gn 3.8). Caim e Abel trouxeram a Deus oferendas (hb. minhah, termo também traduzido por “tributo” ou dádiva”) de vegetais e de animais (Gn 4.3,4). Os descendentes de Sete invocavam “o nome do SENHOR” (Gn 4.26). Noé construiu um altar ao Senhor para oferecer holocaustos depois do dilúvio (Gn 8.20). Abraão assinalou a paisagem da terra prometida com altares para oferecer holocaustos ao Senhor (Gn 12.7,8; 13.4, 18; 22.9) e falou intimamente com Ele (Gn 18.23-33; 22.11-18).
Somente depois do êxodo, quando o Tabernáculo foi construído, é que a adoração pública tornou-se formal. A partir de então, sacrifícios regulares passaram a ser oferecidos diariamente, e especialmente no sábado, e Deus estabeleceu várias festas sagradas anuais como ocasiões de culto público dos israelitas (Êx 23.14-17; Lv 1—7; Dt 12; 16). O culto a Deus foi posteriormente centralizado no templo de Jerusalém (cf. os planos de Davi, segundo relata 1Cr 22—26). Quando o templo foi destruído, em 586 a.C., os judeus construíram sinagogas como locais de ensino da lei e adoração a Deus enquanto no exílio, e aonde quer que viessem a morar. As sinagogas continuaram em uso para o culto, mesmo depois de construído o segundo templo por Zorobabel (Ed 3—6). Nos tempos do NT havia sinagogas na Palestina e em todas as partes do mundo romano (e.g. Lc 4.16; Jo 6.59; At 6.9; 13.14; 14.1; 17.1, 10; 18.4; 19.8; 22.19).
A adoração na igreja primitiva era prestada tanto no templo de Jerusalém quanto em casas particulares (At 2.46,47). Fora de Jerusalém, os cristãos prestavam culto a Deus nas sinagogas, enquanto isso lhes foi permitido. Quando lhes foi proibido utilizá-las, passaram a cultuar a Deus noutros lugares, geralmente em casas particulares (cf. At 18.7; Rm 16.5; Cl 4.15; Fm v. 2), mas, às vezes, em salões públicos (At 19.9,10).

MANIFESTAÇÕES DA ADORAÇÃO CRISTÃ.

1) Dois princípio-chaves norteiam a adoração cristã.
(a) A verdadeira adoração é a que é prestada em espírito e verdade (ver Jo 4.23), i.e., a adoração deve ser oferecida à altura da revelação que Deus fez de si mesmo no Filho (ver Jo 14.6). Por sua vez, ela envolve o espírito humano, e não apenas a mente, e também como as manifestações do Espírito Santo (1Co 12.7-12).
(b) A prática da adoração cristã deve corresponder ao padrão do NT para a igreja (ver At 7.44). Os crentes atuais devem desejar, buscar e esperar, como norma para a igreja, todos os elementos constantes da prática da adoração vista no NT.

2) O fato marcante da adoração no AT era o sistema sacrificial (ver Nm 28, 29). Uma vez que o sacrifício de Cristo na cruz cumpriu esse sistema, já não há mais qualquer necessidade de derramamento de sangue como parte do culto cristão (ver Hb 9.1—10.18).
Através da ordenança da Ceia do Senhor, a igreja do NT comemorava continuamente o sacrifício de Cristo, efetuado de uma vez por todas (1Co 11.23-26). Além disso, a exortação que tem a igreja é oferecer “sempre, por ele, a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome” (Hb 13.15), e a oferecer nossos corpos como “sacrifício vivo, santo e agradável a Deus” (Rm 12.1).

3) Louvar a Deus é essencial à adoração cristã. O louvor era um elemento-chave na adoração de Israel a Deus (e.g., Sl 100.4; 106.1; 111.1; 113.1; 117), bem como na adoração cristã primitiva (At 2.46,47; 16.25; Rm 15.10,11; Hb 2.12).

4) Uma maneira autêntica de louvar a Deus é cantar salmos, hinos e cânticos espirituais. O AT está repleto de exortações sobre como cantar ao Senhor (e.g., 1Cr 16.23; Sl 95.1; 96.1,2; 98.1,5,6; 100.1,2). Na ocasião do nascimento de Jesus, a totalidade das hostes celestiais irrompeu num cântico de louvor (Lc 2.13,14), e a igreja do NT era um povo que cantava (1Co 14.15; Ef 5.19; Cl 3.16; Tg 5.13). Os cânticos dos cristãos eram cantados, ou com a mente (i.e. num idioma humano conhecido) ou com o espírito (i.e., em línguas; ver 1Co 14.15). Em nenhuma circunstância os cânticos eram executados como passatempo.

5) Outro elemento importante na adoração é buscar a face de Deus em oração. Os santos do AT comunicavam-se constantemente com Deus através da oração (e.g. Gn 20.17; Nm 11.2; 1Sm 8.6; 2 Sm 7.27; Dn 9.3-19; cf. Tg 5.17,18). Os apóstolos oravam constantemente depois de Jesus subir ao céu (At 1.14), e a oração tornou-se parte regular da adoração cristã coletiva (At 2.42; 20.36; 1Ts 5.17). Essas orações eram, às vezes, por eles mesmos (At 4.24-30); outras vezes eram orações intercessórias por outras pessoas (e.g. At 12.5; Rm 15.30-32; Ef 6.18). Em todo tempo a oração do crente deve ser acompanhada de ações de graças a Deus (Ef 5.20; Fp 4.6; Cl 3.15,17; 1Ts 5.17,18). Como o cântico, o orar podia ser feito em idioma humano conhecido, ou em línguas (1Co 14.13-15).

6) A confissão de pecados era sabidamente parte importante da adoração no AT. Deus estabelecera o Dia da Expiação para os israelitas como uma ocasião para a confissão nacional de pecados (Lv 16). Salomão, na sua oração de dedicação do templo, reconheceu a importância da confissão (1Rs 8.30-36). Quando Esdras e Neemias verificaram até que ponto o povo de Deus se afastara da sua lei, dirigiram toda a nação de Judá numa contrita oração pública de confissão (cap. 9). Assim, também, na oração do Pai nosso, Jesus ensina os crentes a pedirem perdão dos pecados (Mt 6.12). Tiago ensina os crentes a confessar seus pecados uns aos outros (Tg 5.16); através da confissão sincera, recebemos a certeza do gracioso perdão divino (1Jo 1.9).

7) A adoração deve também incluir a leitura em conjunto das Escrituras e a sua fiel exposição. Nos tempos do AT, Deus ordenou que, cada sétimo ano, na festa dos Tabernáculos, todos os israelitas se reunissem para a leitura pública da lei de Moisés (Dt 31.9-13). O exemplo mais patente desse elemento do culto no AT, surgiu no tempo de Esdras e Neemias (8.1-12). A leitura das Escrituras passou a ser uma parte regular do culto da sinagoga no sábado (ver Lc 4.16-19; At 13.15). Semelhantemente, quando os crentes do NT reuniam-se para o culto, também ouviam a leitura da Palavra de Deus (1Tm 4.13; cf. Cl 4.16; 1Ts 5.27) juntamente com ensinamento, pregação e exortação baseados nela (1Tm 4.13; 2Tm 4.2; cf. At 19.8-10; 20.7).

8) Sempre quando o povo de Deus se reunia na Casa do Senhor, todos deviam trazer seus dízimos e ofertas (Sl 96.8; Ml 3.10).
Semelhantemente, Paulo escreveu aos cristãos de Corinto, no tocante à coleta em favor da igreja de Jerusalém: “No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade” (1Co 16.2). A verdadeira adoração a Deus deve, portanto ensejar uma oportunidade para apresentarmos ao Senhor os nossos dízimos e ofertas.

9) Algo singular no culto da igreja do NT era a atuação do Espírito Santo e das suas manifestações. Entre essas manifestações do Espírito na congregação do Senhor havia a palavra da sabedoria, a palavra do conhecimento, manifestações especiais de fé, dons de curas, poderes miraculosos, profecia, discernimento de espíritos, falar em línguas e a interpretação de línguas (1Co 12.7-10). O caráter carismático do culto cristão primitivo vem, também, descrito nas cartas de Paulo: “Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação” (1Co 14.26). Na primeira epístola aos coríntios, Paulo expõe princípios normativos da adoração deles (ver 1Co 14.1-33). O princípio dominante para o exercício de qualquer dom do Espírito Santo durante o culto é o fortalecimento e a edificação da congregação inteira (1Co 12.7; 14.26).

10) O outro elemento excepcional na adoração segundo o NT era a prática das ordenanças — o batismo e a Ceia do Senhor. A Ceia do Senhor (ou o “partir do pão”, ver At 2.42) parece que era observada diariamente entre os crentes logo depois do Pentecostes (At 2.46,47), e, posteriormente, pelo menos uma vez por semana (At 20.7,11). O batismo conforme a ordem de Cristo (Mt 28.19,20)
ocorria sempre que havia conversões e novas pessoas ingressavam na igreja (At 2.41; 8.12; 9.18; 10.48; 16.30-33; 19.1-5).

AS BÊNÇÃOS DE DEUS PARA OS VERDADEIROS ADORADORES.

Quando os crentes verdadeiramente adoram a Deus, muitas bênçãos lhes estão reservadas por Ele. Por exemplo, Ele promete:
(1) que estará com eles (Mt 18.20), e que entrará e ceará com eles (Ap 3.20);
(2) que envolverá o seu povo com a sua glória (cf. Êx 40.35; 2Cr 7.1; 1Pe 4.14);
(3) que abençoará o seu povo com chuvas de bênçãos (Ez 34.26), especialmente com a paz (Sl 29.11; ver o estudo A PAZ DE DEUS);
(4) que concederá fartura de alegria (Sl 122.1,2; Lc 15.7,10; Jo 15.11);
(5) que responderá às orações dos que oram com fé sincera (Mc 11.24; Tg 5.15);
(6) que encherá de novo o seu povo com o Espírito Santo e com ousadia (At 4.31);
(7) que enviará manifestações do Espírito Santo entre o seu povo (1Co 12.7-13);
(8) que guiará o seu povo em toda a verdade através do Espírito Santo (Jo 15.26; 16.13);
(9) que santificará o seu povo pela sua Palavra e pelo seu Espírito (Jo 17.17-19);
(10) que consolará, animará e fortalecerá seu povo (Is 40.1; 1Co 14.26;2Co 1.3,4; 1Ts 5.11);
(11) que convencerá o povo do pecado, da justiça e do juízo por
meio do Espírito Santo (ver Jo 16.8 nota); e
(12) que salvará os pecadores presentes no culto de adoração, sob a convicção do Espírito Santo (1Co 14.22-25).

EMPECILHOS À VERDADEIRA ADORAÇÃO.

O simples fato de pessoas se dizendo crentes realizarem um culto, não é nenhuma garantia de que haja aí verdadeira adoração, nem que Deus aceite seu louvor e ouça suas orações.
(1) Se a adoração a Deus é mera formalidade, somente externa, e se o coração do povo de Deus está longe dEle, tal adoração não será aceita por Ele. Cristo repreendeu severamente os fariseus por sua hipocrisia; eles observavam a lei de Deus por legalismo, enquanto seus corações estavam longe dEle (Mt 15.7-9; 23.23-28; Mc 7.5-7). Note a censura semelhante que Ele dirigiu à igreja de Éfeso, que adorava o Senhor mas já não o amava plenamente (Ap 2.1-5).
(2) Outro impedimento à verdadeira adoração é um modo de vida comprometido com o mundanismo, pecado e imoralidade. Deus recusou os sacrifícios do rei Saul porque este desobedeceu ao seu mandamento (1Sm 15.1-23). Isaías repreendeu severamente o povo de Deus como “nação pecadora... povo carregado da iniqüidade da semente de malignos” (Is 1.4); ao mesmo tempo, porém esse mesmo povo oferecia sacrifícios a Deus e comemorava seus dias santos. Por isso, o Senhor declarou através de Isaías: “As vossas festas da lua nova, e as vossas solenidades, as aborrece a minha alma; já me são pesadas; já estou cansado de as sofrer. Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue” (Is 1.14,15). Semelhantemente, na igreja do NT, Jesus conclamou os adoradores em Sardes a se despertarem, porque “não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus” (Ap 3.2). Da mesma maneira, Tiago indica que Deus não atenderá as orações egoístas daqueles que não se separam do mundo (Tg 4.1-5). O povo de Deus só pode ter certeza que Deus estará presente à sua adoração e a aceitará, quando esse povo tiver mãos limpas e coração puro (Sl 24.3,4; Tg 4.8).

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Porque não quero uma igreja de vencedores

Antes de você ler este artigo, algumas ponderações merecem ser feitas. Inicialmente quero delimitar o presente artigo, pois o mesmo se diferencia na sua forma estrutural dos demais artigos que costumeiramente escrevo. A intenção deste é construir um texto-desabafo. Por esta razão optei em escrevê-lo na primeira pessoa do singular, pincelando experiências pessoais e linkando a uma reflexão pesarosamente crítica. Sei, portanto, que não serei bem visto por alguns companheiros de ministério que notoriamente são adeptos do que combaterei nas linhas que se seguem. Contudo, me uno neste artigo com intento de estimular os cristãos que informalmente encontro pela jornada cristã que igualmente a mim percebem que há algo de errado no rumo que a igreja brasileira está seguindo.

Torna-se imperativo e é oportunamente válido destacar com letras garrafais que o problema não é a Igreja, mas sim as igrejas. É verdadeiro postular que os fundamentos deixados por Cristo e subseqüentemente preservados pelos apóstolos não são ultrapassados e muito menos ineficazes para a igreja da atualidade.

Entretanto, o que me deixa profundamente decepcionado é perceber que inúmeras igrejas estão edificando propositalmente outra Pedra Angular para a Igreja e assim intencionalmente desfocando a esperança cristã dos recônditos eclesiais. Gente esta, que de forma voluntária tentam banalizar a obra da cruz, se esquecendo que a maior vitória que nós podemos ter nesta vida já foi suficientemente conquista por Cristo no Gólgota, a nossa salvação. Deste modo, em defesa da Igreja, que tanto amo e sirvo, declaro: “não quero uma igreja de vencedores!”

A máxima busca por uma igreja de vencedores tem sido compartilhada pelas diversas denominações evangélicas, e das mais diversificadas linhas teológicas. E por mais distinto que seja o mundo evangelical, uma máxima me parece estar sendo comum, e não seria exagero afirmar que até se tornou um clichê do evangeliquês pós-moderno.

Estou me referindo a tão aclamada vitória que é vivificada nas bocas dos líderes que a engordurando de positivismo afirmam: “você nasceu para vencer”, ou se apresenta no costumeiro: “hoje a sua vitória vai chegar”, ou então o clássico: “você não vai sair daqui sem sua vitória”. Estes se esquecem que a função básica da igreja é reconciliar o homem com Deus, sendo, portanto, fundamental que a Eclésia prime por modelar os neófitos ao caráter de Cristo, não viciá-los em vitória.

O meu constrangimento surge da intenção de descobrir as razões do porque e o que queremos tanto vencer. E mais instigante ainda, o que seria, então, vencer? Na tentativa de responder a tais questionamentos temos que “cavucar” um pouco mais nos calabouços das igrejas. Inicialmente acredito que uma das principais causas de encontrar algumas igrejas fanáticas por vitória e não mais encantada com a simplicidade das boas novas de Cristo Jesus se justifica pela secularizada literatura cristã sobre o tema liderança. Literatura esta que se caracteriza mais como auto-ajuda motivacional do que necessariamente bases cristãs para a liderança. Fica claro que o modelo de simplicidade, humildade e espiritualidade estampado na pessoa de Cristo não é mais o predileto das mega palestras. Portanto, este tipo de igreja de vencedores eu não quero!

Na “crista da onda” deste turbilhão de desconstrução bíblica acerca da liderança está o famoso e aclamado autor John Maxwell que axiomaticamente não escreve livros sobre o assunto liderança pensando em modelos de igrejas, mas sim em gestão empresarial. Desde antes de meus tempos de estudante de teologia até a presente era os livros de Maxwel ditam o que é um líder vitorioso. E posso afirmar com toda segurança de que não é este o modelo que deveríamos estar ministrando em nossas igrejas, pois não contempla a espiritualidade e nem a dependência em Deus, mas concentra-se na força de vontade e na determinação humana. Aqui, vencer é conseqüência da capacidade de influenciar pessoas. Portanto, este tipo de igreja de vencedores eu não quero!

Outro fator que tem colaborado substancialmente para que algumas igrejas evangélicas prefiram pregar vitória ao invés da mensagem do Carpinteiro Jesus se dá, pelo triste fato, de que as massas só estão buscando Cristo para resolver os seus problemas pessoais. Logo, fala-se tanto de vitória nos púlpitos, pois as pessoas estão tão preocupadas em como resolver as dificuldades causadas pelas más escolhas que intencionalmente fizeram ao longo da vida. Estes fanáticos por vitória não conseguem entender que estar na igreja é assumir uma nova identidade, é viver como peregrino nesta terra e é desejar ardentemente a pátria superior. Não podemos aceitar a liturgia dos cultos se tornarem completamente antropocêntrica, visando somente o homeopático alivio do homem nesta terra. Portanto, este tipo de igreja de vencedores eu não quero!

Caminhando quase que ainda na mesma linha de pensamento, é oportuno ponderar sobre as descristianizadas músicas do ramo gospel que insistem no tom do vencer. Encabeçando esta frenética busca pela vitória e embalada pelos melancólicos acordes podemos destacar a música de Jamily, intitulada: “conquistando o impossível”. Este é o tipo de música que representa com exatidão a vitória que o público evangélico está buscando: “Acredite é hora de vencer, essa força vem de dentro de você (...) nossos sonhos, a gente é quem constrói...”. De repente, quase que sem sentido, aparece a palavra Deus no meio da música, como que em um suspiro de consciência religiosa. No entanto, fica notória que a cantada proposta de vitória centraliza-se na iniciativa humana. Portanto, este tipo de igreja de vencedores eu não quero!

Os cultos dominicais, momento este que limitadamente resume a fé de muitos, ali mais uma destorcida razão de vitória nos solta aos olhos. Estou me referindo a tão desejada “numerolatria” – neurose e paixão obsessiva por crescimento numérico. Por motivo de profissão e ministério sempre convivo com pastores e líderes evangélicos e neste ciclo já me acostumei com a pergunta: “quantos membros tem sua igreja?”. Ao que parece é isto que determina hoje se uma igreja é vitoriosa e bem sucedida. Ensinaram-nos a mensurar a obra de Deus pela quantidade de simpatizantes. Portanto, os membros se tornam clientes e a igreja uma grande loja de conveniência, daí a relação está estabelecida, afague o cliente que ele voltará outras vezes, e quase sempre trará mais outro cliente-membro. Sendo assim, a igreja consegue reunir grande quantidade de pessoas não pelo poder de transformação do evangelho, mas sim pela capacidade de entreter e satisfazer. Portanto, este tipo de igreja de vencedores eu não quero!

Há ainda algo que me incomoda muito mais nesta busca por construir uma igreja de vencedores. Um insight que me vem a mente é que o princípio básico para que haja vencedores é que igualmente haja perdedores. E se, ao que parece como descrito nas linhas acima, a vitória se resume a conquistas humanas, os perdedores também nesta relação serão humanos. Tal alínea é antagônico ao apóstolo Paulo, que afirma: “Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” – Efésios 6:12. Esta vitória que produz perdedores não é a maneira bíblica de vencer. Portanto, este tipo de igreja de vencedores eu não quero!

Por fim, não quero uma igreja de vencedores, pois estes insistem em ensinar que quem congrega nestas igrejas nunca fracassam a não ser que tenham dado brecha para o maligno ou por incapacidade de fé. O fracasso não é bom, disto tenho plena convicção. Contudo, não posso negligenciar o fator pedagógico presente no “não vencer”. O fracasso tem uma função didática de fundamental importância, pois prova o caráter e solidifica convicções. Gente que só sabe vencer não aprende a perder, daí quando este fatídico dia chega, os “vencedores” apelam (leia-se, abandonam a fé). Por isto o escritor de Eclesiastes afirmou: “Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens, e os vivos o aplicam ao seu coração.” – Eclesiastes 7:2.

Qualquer tipo de vencer que constrói seu júbilo sobre as cinzas dos outros não merece receber a coroa de vencedor. Qualquer vitória que não seja banhada pela pessoa de Jesus Cristo deve ser refugada pela cristandade. Qualquer sucesso que se centraliza na força humana não deve ocupar lugar na espiritualidade evangelical. Creio que todos querem ser vitoriosos, e a bem da verdade esta é uma atitude nobre. Entretanto, o que deve ser questionado é que tipos de vitória estão pregando em nossos púlpitos. Por fim, reafirmo que meu mais profundo anelo é vencer, em todos os aspectos da minha vida, mas não seguindo estes preceitos pregados pelas “igrejas vencedoras”.

Que Deus nos abençoe!

Vinícius O. S. Guimarães

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja

Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja (Mt. 16:18)

De quem Jesus está falando? Quem é a igreja? Muitos por falta de entendimento dizem muitas coisas, Ma s na tonalidade que Jesus disse essa frase disse também para um certo mestre da sinagoga: Se você não nascer de novo não tem parte comigo.
Mas qual é a igreja de Cristo aqui na terra? O Senhor disse que não habita em edifício feito por mãos de homens. Então onde habitará? Então O Senhor Deus faz uma pergunta: Que casa me edificareis vós, qual o lugar do meu repouso?
A igreja de Cristo é aquela que está em você, não sabeis vós que o vosso corpo é templo do Espírito Santo? Então a igreja de Roma Tomou para si esse versículo dizendo que a pedra era Pedro, que através dele edificaria a sua igreja, mas a Palavra de Deus diz que Jesus é a Pedra de Esquina que os construtores rejeitaram mas preciosa para Deus.
Então cheguei a conclusão de que a igreja que Jesus está falando é cada um que recebeu Jesus como autor e consumador da sua fé. A igreja é cada cristão individualmente, e as igrejas são todos os cristãos do mundo. Pois cada um congrega numa determinada casa, formando assim as igrejas(casa de Deus) espalhadas por todo o mundo. Mas infelizmente a religião quer fazer tomar outro rumo esta verdade, que Jesus estava falando de mim e de você. E quando Jesus disse “e sobre esta pedra” , esta pedra é Jesus que é o pão descido do céu , o alimento que precisamos ,a palavra da verdade para nos manter firmes na rocha, Jesus quer que sejamos edificados nele , e quem construir sua casa sobre essa rocha que é Jesus Cristo não será abalado pelo mundo.Mas me parece que o desejo da religião criada por homens quer distorcer o evangelho e levar o povo ao erro. É tão simples entender:”e sobre esta pedra edificarei a minha igreja” Mas os homens amontoaram para si tantas doutrinas distorcendo a palavra de Deus para proveito próprio. Será que aquele que distorce a palavra de Deus ama verdadeiramente a quem prega? Será que está preocupado com a salvação do seu irmão? Jesus não criou aqui na terra nenhuma religião, pois temos várias passagens bíblicas que quando falava de igreja, sempre dava como referência de igreja o País ou a cidade onde a igreja de Cristo estava situada.Por ex: em Atos dos apóstolos : a igreja de Corinto, a igreja de Colosso, a igreja de Éfeso e tantas outras igrejas que Paulo plantou no seu ministério.Nunca com nome próprio criado para identificar a igreja. Então o Senhor Jesus não se referiu a nenhuma igreja feita por mãos de homens, mas aquela que Ele virá buscar, e tomará para si e levará para o seu Reino.
Jesus não deu nenhuma ordem expressa de alguém fundar uma igreja colocar um nome e dizer que ela é a verdadeira igreja de Cristo.
Acaso Jesus pediu aos apóstolos que levantassem edifícios, edificassem casas de pedra em seu nome? Mas Ele disse: ide pregai o evangelho a toda criatura, cada criatura é uma igreja onde será edificado em Jesus pela sua palavra de salvação, que é o poder de Deus fluindo para dentro de nós , nos faz igreja de Cristo. Assim que Ele bater e abrirmos aporta da nossa igreja Ele entrará e seara conosco.Quem teria capacidade de por outro fundamento além do que já foi posto entre os homens?
Quando Jesus disse: “!e sobre esta pedra edificarei a minha igreja”, (homem e mulher), uma igreja edificada sobre a rocha que é Jesus Cristo, através do evangelho que é o poder de Deus para a salvação de todos.

Paulo Costa
Paulo.costap@hotmail.com